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GR 28 Arouca - Report 1ª etapa

11.09.09 | daraopedal

Desde que comecei a ouvir falar da criação de um percurso de grande rota (GR) em Arouca, meti na cabeça que seria mais um desafio para eu percorrer. Assim consegui convencer um amigo para se juntar à aventura e lá fomos à (re)descoberta do território de Arouca.

O início do percurso fez-se junto ao placard informativo situado entre o Museu Municipal de Arouca e o largo da Feira.

Optámos por fazer o percurso no sentido inverso aos ponteiros do relógio, pelo que a  partir daí seguimos em direcção à Serra da Freita, partindo para S. Salvador.

O percurso segue ao longo do vale de Arouca, passando por ruelas e calçadas entre zonas habitacionais, até passar debaixo da nova variante e começar a subir progressivamente por entre bosques e campos...

... até chegar a Stª Maria do Monte...

... onde nos cruzámos com o PR4 - Cercanias da Freita.

Depois de passarmos perto de Lourosa de Matos, encontrámos o PR2 que acompanhámos durante alguns quilómetros...

... em direcção a Souto Redondo.

O trânsito intenso em Souto Redondo.

Passagem junto à capela de Souto Redondo.

A vista sobre os campos cultivados e o vale de Rossas.

Nesta zona, o trilho é pouco ciclável, pois apara além da inclinação o facto de ser composto por lajes completamente lisas e muitas vezes molhadas, torna-o muito escorregadio.

Mais uma perspectiva sobre o Vale de Rossas com a variante em destaque.

Depois de cruzarmos a estrada junto ao lugar de Póvoa, iniciámos uma nova subida muito íngreme passando entre umas casas com alguns moinhos de rodízio, e encontrámos de seguida uma das partes mais complicadas do percurso. O caminho chega a uma zona muito estreita com vegetação densa, o que torna a passagem complicada.

Para além disso existe um "tapete verde" de líquenes em cima de rochas bem escorregadias, o que, em conjunto com os cleats dos sapatos de BTT, tornam algo complicada a passagem nesta zona.

A vista para a Vila de Arouca.

Custa a crer, mas o caminho é mesmo aqui pelo meio da vegetação. Acho que se não houver manutenção do percurso, em breve ficará intransitável.

Atravessámos a estrada Chão de Ave - Freita.

O percurso mantem-se pouco ciclável e continuámos a empurrar as bicicletas à mão, até que alcançámos a Via Romana do "Caminho dos Burros" (será que se referiam a nós?) e a situação melhorou um pouco.

Junto à entrada da aldeia do Merujal...

...a 300 m do Santuário da Sª da Laje.

Depois parámos no Parque de Campismo da Freita, onde aproveitámos para almoçar e recolher algumas informações sobre o percurso que nos confirmaram uma situação: não é ainda possível fazer a travessia do rio Paiva, na praia do Vau. Em função disso, começámos a pensar numa alternativa.

Seguindo em direcção a Albergaria-da-Serra, a vista para a zona do Parque de Campismo e do Parque de Merendas.

No centro de Albergaria-da-Serra, junto ao Rio Caima.

O percurso segue pelo PR 15, em direcção à Portela da Anta e ao Vidoeiro...

... passando junto à capela local.

Do lado esquerdo, a vista para o vale do rio Caima.

Depois de passar junto ao cemitério, surge a bifurcação onde o PR15 segue para a esquerda e o GR28 segue para a direita.

Chegua-se ao caminho de paralelos que atravessa o planalto e à pequena ponte de pedra sobre o rio Caima.

A vista para trás com um rebanho de cabras e a vista para o ponto mais alto da Freita, o S. Pedro Velho.

Adiante, a passagem junto ao monumento pré-histórico da Anta.

O percurso é nesta zona tecnicamente muito exigente devido às inúmeras pedras que cobrem o chão. No cruzamento, voltam a encontrar-se o PR15 e o GR28. Vira-se à direita...

... para alcançar as ruínas da antiga casa dos serviços florestais.

O trilho prossegue num sobe e desce bastante técnico até voltarmos à estrada da Freita.

Mais um rebanho de cabras a cruzar a estrada e nem de propósito, a aldeia de Cabreiros à vista.

Descemos junto à nova ponte da "variante" e encontrámos a antiga estrada de acesso a Tebilhão.

Um moinho, junto à entrada da aldeia de Tebilhão. Numa outra alminha a altitude marcava 800m.

A partir daqui o caminho coincide com o PR6 - Caminho do Carteiro e liga Tebilhão a Cabreiros, pelo antigo caminho de ligação das aldeias. Um percurso muito bonito, mas muito técnico, com descidas e subida acentuadas.

A meio do caminho encontramos isto a barrar-nos o caminho. Que raio?

Na ruela do centro da aldeia de Cabreiros.

Depois de sair de Cabreiros, continuamos pela estrada subindo em direcção a uma encruzilhada cheia de alminhas. Será sinal da superstição dos antigos? As encruzilhadas tinham antigamente uma grande ligação às crenças populares e misticismos, onde vagueavam as almas penadas. Talvez todas estas alminhas sejam sinal dessas superstições.

Acabámos por alcançar a capela da aldeia de Candal. Uma capela muito bonita com uma torre sineira...

e uma vista fantástica para a aldeia de Póvoa das Leiras.

Toma-se então um pequeno carreiro que desce por umas escadas e segue por entre campos e casas.

Mais abaixo encontramos as indicações do PR2 de S. Pedro do Sul - Rota das Bétulas.

E aqui começou uma das melhores partes do percurso: 6 km a descer por um estradão de terra batida até Covelo de Paivó.

As vistas são fenomenais ao longo do toda a descida. Consegue-se avistar a zona das minas abandonadas de Regoufe, bem como os precipícios impressionantes do ribeiro do Paivó.

Mais abaixo, uma perspectiva nova (para mim) sobre a aldeia de Covelo de Paivó. Nunca a tinha visto deste lado em todo o seu esplendor.

O estradão termina junto à ponte sobre o ribeiro de Paivó, uma zona muito apreciada no verão para banhos.

O caminho obrigou-nos a subir pelas ruelas e escadarias da aldeia de forma a gozar o ambiente calmo da vida rural.

Depois de passarmos a aldeia e a antiga escola primária, apanhámos um caminho rural antigo em direcção a Silveiras.

Nesse caminhos eram bem visíveis as marcas deixadas pelos carros de bois. É impressionante pensar na dureza que era a vida nos campos antes de chegarem as maquinarias agrícolas. E ainda nos queixamos hoje com os nossos pequenos problemas.

Depois voltámos à estrada onde pudemos assistir a um pequeno show que merecia uma bolinha vermelha no canto do ecrã, e mais acima retomámos um caminho estreito com muito mato alto e silvas. Foi uma parte muito difícil do percurso. Foi necessário carregar as bicicletas o tempo todo e com o intenso calor desta tarde começou a surgir o desgaste acumulado ao longo do dia. De qualquer forma já tínhamos ultrapassado as expectativas do dia que eram de pelo menos ir até Covelo de Paivó. Íamos tentar esticar até Silveiras, mas estava a ser cansativo.

Passagem junto aos vestígios das Minas do Muro. Continuamos monte acima por um estradão florestal até atingir a estrada, cruzando-a...

... e descendo até obter esta perspectiva sobre a aldeia de Silveiras.

A foto no final do dia junto à capela de Silveiras.

Clica na imagem para a 2ª etapa.