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daraopedal

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Maratona de Alte 2008 - Rescaldo

26.04.07 | daraopedal

Finalmente foi o dia da maratona de Alte . Foi muito bom, foi muito duro... enfim foi o que esperava que fosse. A concentração junto à partida de tanta gente, tantas bikes , tantas cores... Dava um colorido fantástico à aldeia, e depois ainda dizem que só o futebol é que é desporto.

O meu "frontal". Existiam várias cores consoante o percurso a realizar: o vermelho era o dos 75km , o verde 48km , o azul 26 e havia também o amarelo que identificava os atletas de XC (acho eu).

O problema é que a partida nunca mais era dada e o pessoal já estava a ficar farto de tanta espera. Queremos pe-da-lar ! Queremos pe-da-lar !!

Passagem pela EN 124 ao funda da aldeia de Alte .

Chegados aos trilhos esperava-nos o resultado da chuva da noite anterior: lama, muita lama... Fiquei logo "sarapintado" de lama.

A roda da frente.

Quando digo muita lama é muita lama mesmo. Ainda por cima agarrava-se aos pneus (uma verdadeira recauchutagem) e bloqueava as rodas. Foi necessário parar diversas vezes para limpar. Além disso, acumulou-se também na transmissão, pelo que a corrente e os desviadores sofreram muito.

A roda de trás. De que vale andar a comprar bikes em alumínio e com menos gramas nisto e naquilo para carregar 3 ou 4 quilos de lama?

As cores da primavera.

Junto a Benafim , muita gente ficou pelo caminho. Partiram-se desviadores e correntes. Foi mesmo muito mau para o material, percebo agora porque é que as lojas de BTT patrocinam estas actividades  

Chegada a Benafim  à EN 124

Depois de atravessar a aldeia surgiu um trilho muito bom, com menos lama.

Ainda houve zonas onde, devido à lama e aos muitos betetistas , foi necessário levá-la à mão.

Chegada à estrada. É impressionante as marcas da lama deixada pelas bicicletas. Éramos mesmos muitos.

Bem pequeninos, ainda se via a fila de pessoas a levar as biclas à mão.

Os sobreiros e os betetistas . Depois desta zona surgiu o 1º single track espectacular. Muito bom, muito rápido e tive a sorte de não apanhar ninguém pela frente então foi sempre a abrir.

O final do tal trilho, muito bom mesmo. Ainda houve travessias de linhas de água e tudo.

Chegada a Stª Margarida, zona do primeiro abastecimento. Foi difícil chegar porque a minha corrente começou a avisar que estava a sofrer, então abrandei o ritmo. No abastecimento, havia de tudo e em grande quantidade, ainda havia Red Bull . Mais à frente uma alma caridosa arranjou-me um pouco de óleo para seguir viagem. Se não fosse isso de certeza que teria ficado pelo caminho.

Sempre a abrir, com a lama a pesar.

Ja perto de Paderne, passámos por um percurso pedestre.

Chegada à fonte de Paderne, mais uma zona de abastecimento.

Felizmente, estava lá uma zona de apoio mecânico da Specialized . Mais um pouco de óleo para a corrente e toca a seguir.

Chegada ao percurso pedestre do Castelo de Paderne. Um zona muito agradável.

Passagem debaixo da Via do Infante - A22 .

Já tinha 40 km nas pernas. Este trilho que dá a volta ao Castelo é fantástico.

Já do outro lado do Castelo. No cimo do monte, as ruínas .

Passagem por um aqueduto.

Mais um single track . Muito bom.

Sempre a abrir.

Chegada a Boliqueime. 50 km nas pernas.

O centro de Boliqueime.

Passagem superior da A22 . O pessoal já estava cansado e alguns já iam à mão na mais pequena subida. A verdade é que a partir do quilómetro 50, foi um teste à resistência psicológica .

O quilómetro 60.

No meio do nada: um "rave"!!! Uma rave!?!?! Os gajos a curtir a música em alto volume.

O trilho junto à ribeira de Algibre é do melhor. Um single track muito bonito, com uma paisagem e vegetação espectacular.

Mais uma foto do trilho.

Chegada ao quilómetro 70. Os 7 últimos quilómetros foram muito duros. Muita pedra, muita pedra. Demolidor para as dores nos braços, nas costas e no rabo.

Finalmente Alte à vista. Já estava todo rebentado.

A chegada! Finalmente a chegada!

O resultado: 76 km em 5h05 min a pedalar. O tempo total foi de 5h38min . Quero um banho, quero a minha cama.

Ainda tive de lavar a bicla para tirar aquela lama dura antes que secasse e se transformasse em cimento. De qualquer maneira, adorei o percurso, foi duro pela lama e pela dureza final do percurso. A organização funcionou bem.

Para o ano, quem sabe, será para repetir.

boas pedaladas

Daraopedal

BTT Cortelha - Loulé

17.04.07 | daraopedal

 

No passado Domingo participei num passeio BTT organizado pelo Clube BTT de Loulé em Cortelha . O passeio contava com o apoio da câmara de Loulé e era gratuito. Apesar de não ter seguros, havia banhos, distribuição de água pelo caminho e carro de apoio, o que é de louvar.

 

A concentração foi no posto de combustível da aldeia.

O percurso seguiu um circuito marcado com a sinalética própria do BTT , por isso qualquer pessoa pode realizá-lo. O início é próximo do polidesportivo da aldeia.

Existem pelo percurso pelo menos três travessias de linhas de água, o que é sempre muito divertido.

O piso é bastante "rolante" e sem grande dificuldade técnica.

Um subidazita...

O percurso não me correu lá muito bem porque o ritmo inicialmente imprimido pelo pessoal do BTTLoulé foi bastante elevado (quem me manda tentar acompanhar os profissionais??!!) e o pequeno almoço decidiu atrapalhar. Acabei por me sentir um bocado enjoado e tive de parar um pouco.

A paisagem primaveril.

Esta subida ficou invicta ou seja ninguém conseguiu subir sem ser à mão.

Também encontrámos vários moinhos pelo percurso.

O percurso a vermelho: 21 km.

O ficheiro de altimetria .

boas pedaladas

Daraopedal

Minas das Chãs - Caminho do Carteiro

16.04.07 | daraopedal

Para matar as saudades da terrinha e do pessoal que pedala por lá comigo, nada como um percurso BTT dos puros e duros (bem duro mesmo). Inicialmente estava previsto levar o pessoal até às minas das Chãs, umas antigas minas de volfrâmio desactivadas que se situam já em S. Pedro do Sul, quase no limite do concelho de Arouca.

O percurso iniciou-se no final da variante de Cabreiros, onde deixámos os carros.

Logo aqui começa a primeira subida, bem dura, até ao cimo do monte onde se localizam as minas.

Lá no cimo é o destino!

Quase no cimo, a vista era assim... Espectacular!

Artista a pedalar rumo ao céu.

Chegada ao local das antigas instalações mineiras.

Uma habitante das redondezas, um espécimen da raça autóctone Arouquesa.

Passadas as minas o percurso continua a subir em direcção ao parque eólico que existe mais acima. Uma vez lá, encaminhámo-nos em direcção ao parque de campismo da Coelheira por uma caminho super-hiper-mega-ri-durinho !

Então é duro ou não é duro? As pedras são enormes e muito soltas, o ideal para cair e fazer dói-dói.

 

Há-que deixar passar as vaquinhas, que elas andam por cá todos os dias e isto é tudo delas.

É impressionante a atitude destas pessoas que pastoreiam, dia a dia, os montes e serras do nosso país. O seu vigor, a sua simplicidade e alegria são algo desconcertante. Perante as dificuldades da vida conseguem resignar-se e enfrentar tudo com um sorriso num rosto marcado pelos sulcos do tempo, com a certeza que o terço rezado na intimidade da noite trará a ajuda divina... Acho que devem ser mais felizes...

O local escolhido para a "bucha". Só que em vez do presunto e do "binho" foram umas barras, umas sandezitas e uns bolitos... Muito pouco para a fome que eu levava. Para a próxima tenho de levar mais.

Junto ao parque de campismo, a placa indicava que as minas já ficaram para trás. 

Aspecto do parque de campismo da Coelheira.

Junto ao parque de campismo, existe uma pequena barragem por onde passa um percurso pedestre marcado.

A vista sobre as serras, o vale e a aldeia de Candal.

Existe uma pequena levada ou rego de água que segue pela encosta do monte. O PR segue junto a este rêgo que proporciona umas vistas fantásticas.

Um novo desporto radical inventado na hora: uma mistura entre os parques aquáticos e o BTT . As regras são simples: colocam-se as rodas dentro do caneiro e equilibra-se de uma lado e do outro com as pernas. A força da gravidade e da água fazem o resto. Foi altamente! Chamo isto... hummm .... Aquabtt ? ou BttSplash ? DownWaterline ??? Sei lá... Qualquer coisa assim. Aceitam-se sugestões

A paisagens são fantásticas e nem as eólicas conseguem estragar a sensação de grandeza que estas serras nos transmitem.

Olha um caminho acabadinho de estrear. Toca a testar o terreno e principalmente os travões...

Chegada à estrada do Candal .

Da aldeia do Candal avista-se a aldeia de Póvoa das leiras, acho que a foto explica o porquê do nome.

Chegados a este cruzamento o pessoal estava todo animado mas começámos a olhar para o conta quilómetros que indicava apenas uma dezena de quilómetros. Muito pouco por sinal. Ainda por cima só eram duas e meia da tarde. Bora lá fazer o caminho do carteiro? Voltamos depois de carro buscar os carros que ficam cá? - Bora lá!!!

Fomos então pela direita até cabreiros e percorremos a aldeia até passar a escola primária.

Depois da escola surge o início do PR 6 de Arouca - O caminho do carteiro.

Pelo que me foi dito, a designação do percurso corresponde ao percurso que o carteiro fazia de facto para levar o correio às populações da serra. Entre Cabreiros e Rio de Frades a distância é de cerca de 3300m mas o percurso por estrada entre esses dois pontos deve ser quase de 20 km, pelo que o pobre do carteiro tinha de fazer esse árduo mas espectacular trajecto.

A partir destas pedras é sempre a descer. O gráfico de altimetria não engana...

Sempre para baixo... Mas este é um caminho em que recomendo muita prudência. Uma queda por aqui pode ser muito complicada. Além da queda em si, há a agravante do precipício que flanqueia o percurso e também as dificuldades numa eventual evacuação. Eu não arrisquei e em muitas zonas iam com a fiel amiga à mão.

A foto dos 4 magníficos na ponte sobre o rio de frades.

Mais uma perspectiva do percurso. É abismal a sensação de pequenez perante tamanhas paisagens.

A aldeia de rio de Frades, no "fundo" do PR6 .

Depois ainda faltava pedalar até Arouca.

Passagem por Ponte de Telhe. Este ano, o rio está finalmente límpido. O incêndio de há dois anos tinha deixado monte, serras e rios cobertos de cinza e lamas.

Quase a chegar a Moldes. As encostas da Sr.ª da Mó a Este estão todas desnudadas. Isto era um pinhal espectacular. Não tem anda a ver... Que pena! Até este ponto foi sempre a puxar, sempre a pedalar... Um espectáculo! Uma paragem na Portela de Moldes impôs-se para o reagrupamento e depois foi só descer até Arouca, pegar nos carros e ir até lá acima outra vez buscar os que lá ficaram.

O percurso.

O gráfico de altimetria .

 

Boas pedaladas

Daraopedal

Ponte da Barra (Aveiro) - Praia de Mira

12.04.07 | daraopedal

Mais um pequeno percurso à beira mar...

Entre a ponte da Barra e a praia de Mira. O percurso não tem elevação quase nenhuma, chegando mesmo a estar uns metros abaixo do nível do mar e pode-se desfrutar de toda a beleza de uma zona tão particular como a ria de Aveiro.

Início junto à ponte da Barra (a maré estava baixa na altura).

Do outro lado da ria, a Costa Nova com as suas casas bem particulares.

O percurso ainda acompanha durante uma pequena parte o PR2 de Ílhavo .

Os barcos moliceiros , que serviam antigamente para a apanha das algas que serviam para adubar os campos - o moliço.

Um barco viking???? Mas... Mais uma invasão? Já não bastava os franceses e agora os espanhóis ?? :-D

Passagem perto da ponte da Vagueira.

Sempre junto à ria... até chegar à localidade "Cais do Areão", onde virámos para Este até cruzar a EN 109. Aí surgem indicações  da ciclovia que nos leva (não é ela que nos leva mas sim as nossas bikes e as nossas pernas) até à praia de Mira.

A ciclovia é em terra durante poucos metros e depois passa para o habitual alcatrão.

Chegada à lagoa da Praia de Mira, conhecida como barrinha da Praia de Mira.

Ainda perduram por aqui exemplos de tradições antigas.

Existe uma ciclovia que circunda a lagoa. Um local super agradável!

A zona de merendas.

Vai uma voltinha de gaivota? Também dá para dar ao pedal!

 

 

O percurso segue por uns passadiços de madeira junto à lagoa.

Existem vários percursos possíveis assinalados com as respectivas distâncias e duração, para a vertente pedestre e ciclista.

O canavial.

Uma bicla dentro de um barco. Nem a água nos impede de ir a qualquer lado de bicla !

As pontes de Mira County !

Tá engraçado, não tá

Regresso pelo mesmo sítio. Aqui, cruzamento da EN 109 com a estrada de Cais do areão que dá acesso ao caminho de terra.

O regresso foi particularmente penoso porque o vento - a tradicional nortada - soprava bem forte e dificultou bastante a tarefa.

Ria... Dunas e para além das dunas, o mar.

Chegada ao inicio do percurso, onde existe uma antiga fábrica de secagem do fiel amigo: o bacalhau

O percurso aparece a azul no mapa, o regresso foi sensivelmente o mesmo. Foram cerca de 55km que não custaram muito mas cujo regresso foi um pouco desagradável.

Podem encontrar o trilho aqui.

Boas pedaladas

Daraopedal

Rally Portugal 2007 - PEC S.Brás Alportel

09.04.07 | daraopedal

Além da paixão pelo BTT , há já muitos anos que sou um apaixonado pelos Rallys (ou ralis como preferirem). Aproveitei então para juntar os dois e fazer o reconhecimento dos melhores sítios para ver a prova, percorrendo o troço na sua totalidade. O início era perto de Barranco do Velho, junto a esta ponte que se situa na estrada que liga à localidade de Javali.

)

O percurso (em terra, claro) estava bastante durinho, quer para o BTT , quer para os carros.

As paisagens é que são magníficas: azinheiras, sobreiros, ruínas de antigas casas que indiciam uma já distante presença de habitantes...

Outra perspectiva das ruínas .

Chegada ao cruzamento com a estrada de asfalto. Este local era uma zona espectáculo do rally e até estavam a montar uma bancada e barraquinhas "comes e bebes". A verdade é que a passagem dos carros pela zona de asfalto devia ser espectacular.

Junto à estrada, a placa indicava o Miradouro do Alto da Ameixieira.

Painel informativo.

A vista do miradouro. É possível avistar Faro e muitos outros pontos.

Continuação do percurso, temia que aquele caminho que se avistava ao longe seria a continuação do percurso. E não é que era mesmo... O percurso começava a descer para um vale e depois teria de subir aquilo tudo!

Chegado ao fundo da descida, atravessei uma pequena ribeira por onde os carros iriam também passar. Certamente um bom local para os fotografar.

No fim do percurso (depois daquela subida mortal) outro miradouro. Desta vez, em Cabeço do velho. A vista era realmente boa, mas estava preocupado com tudo o que teria de fazer para voltar para trás. O farnel era pouco e o calor bastante.

Perspectiva da vista a partir do miradouro de Cabeço do Velho.

Um pequeno moinho junto ao miradouro.

Agora é fazer tudo para trás...

No final, contabilizava 35 km. A distancia não era muito elevada mas a dureza foi. Pelo caminho reparei num cartaz da maratona extreme 2006 que passou por lá e que atesta , pelo nome, a dureza do percurso. Ainda deu para furar (mais uma vez) e enquanto enchia o pneu ainda tive de indicar o caminho a uns ingleses que não sabiam onde estavam no mapa  .

Para quem estiver interessado em ficar bem empenado, podem contactar-me que eu tenho o track GPS.

Boas pedaladas

Daraopedal