Maratona de Alte 2008 - Rescaldo
Finalmente foi o dia da maratona de Alte . Foi muito bom, foi muito duro... enfim foi o que esperava que fosse. A concentração junto à partida de tanta gente, tantas bikes , tantas cores... Dava um colorido fantástico à aldeia, e depois ainda dizem que só o futebol é que é desporto.
O meu "frontal". Existiam várias cores consoante o percurso a realizar: o vermelho era o dos 75km , o verde 48km , o azul 26 e havia também o amarelo que identificava os atletas de XC (acho eu).
O problema é que a partida nunca mais era dada e o pessoal já estava a ficar farto de tanta espera. Queremos pe-da-lar ! Queremos pe-da-lar !!
Passagem pela EN 124 ao funda da aldeia de Alte .
Chegados aos trilhos esperava-nos o resultado da chuva da noite anterior: lama, muita lama... Fiquei logo "sarapintado" de lama.
A roda da frente.
Quando digo muita lama é muita lama mesmo. Ainda por cima agarrava-se aos pneus (uma verdadeira recauchutagem) e bloqueava as rodas. Foi necessário parar diversas vezes para limpar. Além disso, acumulou-se também na transmissão, pelo que a corrente e os desviadores sofreram muito.
A roda de trás. De que vale andar a comprar bikes em alumínio e com menos gramas nisto e naquilo para carregar 3 ou 4 quilos de lama?
As cores da primavera.
Junto a Benafim , muita gente ficou pelo caminho. Partiram-se desviadores e correntes. Foi mesmo muito mau para o material, percebo agora porque é que as lojas de BTT patrocinam estas actividades
Chegada a Benafim à EN 124
Depois de atravessar a aldeia surgiu um trilho muito bom, com menos lama.
Ainda houve zonas onde, devido à lama e aos muitos betetistas , foi necessário levá-la à mão.
Chegada à estrada. É impressionante as marcas da lama deixada pelas bicicletas. Éramos mesmos muitos.
Bem pequeninos, ainda se via a fila de pessoas a levar as biclas à mão.
Os sobreiros e os betetistas . Depois desta zona surgiu o 1º single track espectacular. Muito bom, muito rápido e tive a sorte de não apanhar ninguém pela frente então foi sempre a abrir.
O final do tal trilho, muito bom mesmo. Ainda houve travessias de linhas de água e tudo.
Chegada a Stª Margarida, zona do primeiro abastecimento. Foi difícil chegar porque a minha corrente começou a avisar que estava a sofrer, então abrandei o ritmo. No abastecimento, havia de tudo e em grande quantidade, ainda havia Red Bull . Mais à frente uma alma caridosa arranjou-me um pouco de óleo para seguir viagem. Se não fosse isso de certeza que teria ficado pelo caminho.
Sempre a abrir, com a lama a pesar.
Ja perto de Paderne, passámos por um percurso pedestre.
Chegada à fonte de Paderne, mais uma zona de abastecimento.
Felizmente, estava lá uma zona de apoio mecânico da Specialized . Mais um pouco de óleo para a corrente e toca a seguir.
Chegada ao percurso pedestre do Castelo de Paderne. Um zona muito agradável.
Passagem debaixo da Via do Infante - A22 .
Já tinha 40 km nas pernas. Este trilho que dá a volta ao Castelo é fantástico.
Já do outro lado do Castelo. No cimo do monte, as ruínas .
Passagem por um aqueduto.
Mais um single track . Muito bom.
Sempre a abrir.
Chegada a Boliqueime. 50 km nas pernas.
O centro de Boliqueime.
Passagem superior da A22 . O pessoal já estava cansado e alguns já iam à mão na mais pequena subida. A verdade é que a partir do quilómetro 50, foi um teste à resistência psicológica .
O quilómetro 60.
No meio do nada: um "rave"!!! Uma rave!?!?! Os gajos a curtir a música em alto volume.
O trilho junto à ribeira de Algibre é do melhor. Um single track muito bonito, com uma paisagem e vegetação espectacular.
Mais uma foto do trilho.
Chegada ao quilómetro 70. Os 7 últimos quilómetros foram muito duros. Muita pedra, muita pedra. Demolidor para as dores nos braços, nas costas e no rabo.
Finalmente Alte à vista. Já estava todo rebentado.
A chegada! Finalmente a chegada!
O resultado: 76 km em 5h05 min a pedalar. O tempo total foi de 5h38min . Quero um banho, quero a minha cama.
Ainda tive de lavar a bicla para tirar aquela lama dura antes que secasse e se transformasse em cimento. De qualquer maneira, adorei o percurso, foi duro pela lama e pela dureza final do percurso. A organização funcionou bem.
Para o ano, quem sabe, será para repetir.
boas pedaladas
Daraopedal