Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

daraopedal

daraopedal

II Passeio BTT - Cesar - Oliveira Azeméis - Grupo Sempreapedalar

12.05.08 | daraopedal

No passado dia 4 de Maio, realizou-se o 2º passeio do grupo Sempreapedalar, em Cesar, Oliveira de Azeméis. Já tinha participado em Novembro passado no 1º passeio organizado por este grupo e tinha ficado muito satisfeito, por isso repeti a dose com a esperança de que fosse tão bom ou ainda melhor que a anterior edição. A verdade é que os Sempreapedalar não se fizeram rogados e proporcionaram um passeio curto (pouco mais de 20 km), mas com zonas de dificuldade física (leia-se subidas) q.b. e muitas descidas, tanto técnicas como rápidas.


A concentração foi desta vez junto à Casa do Povo de Cesar...

... onde estava instalado o secretariado.

Depois de partir desse local, o grupo reuniu ainda junto à sede da associação VillaCesari...

...para um briefing rápido sobre as já habituais regras de segurança e orientações.

Logo depois o pessoal começou a "galgar" o asfalto e em seguida a terra, em direcção ao lugar de S. Mamede. A partir daí foi sempre a subir, gradualmente é verdade, mas ainda a frio as subidas são bastante difíceis.

Imagem da 1ª pequena paragem, já depois de algumas subidas valentes.
O percurso levou-nos bem perto da zona do S. Marcos e depois fizemos uma breve incursão no território do concelho de Arouca. De seguida, o percurso desceu por uma calçada muito dura e muito técnica onde não convinha de modo algum dar um passo... perdão, uma pedalada em falso, pois o tombo era certo e provavelmente muito doloroso.

O percurso passou pela zona de Pisão onde existem vários moinhos de água. Uma zona que não conhecia e que me agradou muito.

Uma vista da mesma subida do Pisão onde se vê o pessoal a pedalar num cenário que faz quase lembrar os socalcos dos arrozais asiáticos (isso se não repararem no batatal em 1º plano claro ). Depois o percurso seguiu atravessando a estrada Fajões - Mansores logo abaixo da pedreira do Pisão e continuou subindo até à zona de Casal Marinho. A partir daí apanhámos uma descida bem longa, mas muito traiçoeira com um terreno muito solto.

Na zona de Passos, encontrámos uns troços que mais pareciam um rio de lama, o que acabou por dar outra cor à minha fiel montada e às minhas ricas perninhas. Mas a verdade é que dá um certo gozo ter o BTT como pretexto para poder novamente andar na lama como quando éramos miúdos.

A paragem para o reforço foi no largo da Feira de Cesar, em Gandra...

... onde estava servido um reforço muito bom com bolos caseiros, fruta e água. Foi na hora certa porque as forças já estavam a faltar.

O grupo parou pouco tempo e logo seguiu pela zona industrial, passando junto da fábrica da Silampos (pode ser que isto me valha um trem de cozinha quando me casar) e pelas Cortinhas, onde fiquei com pena de não parar para apreciar uma zona muito interesante, onde existe uma capela em ruínas.

Entrámos então numa parte do percurso semelhante à 1ª edição, passando junto à casa azul e Mato de Arca.

Depois... bem, depois foi a melhor zona do percurso! A subida à Pedra Má e principalmente o trilho no cume do monte, na linha virtual que separa os concelhos de Oliveira de Azeméis e Santa Maria da Feira, foi simplesmente fantástico. A organização tinha delimitado o trilho com fitas, o que nos levava a crer que estávamos quase na prova olímpica de XC ou então numa prova qualquer de rally (estranha analogia, não é?)

O único problema nessa zona foi o facto de um dos meus amigos do pedal partir a corrente. Ficámos por ali um bom bocado a apoiá-lo (moralmente claro, que a corrente suja as mãos ), mas aproveitámos para apreciar a beleza da vista a partir desse ponto.

O único senão foi o facto de sermos ultrapassados por quase todos os outros concorrentes. Tudo bem que isto não é uma prova, mas, mesmo sendo a feijões, nunca sabe muito bem ver toda a gente a passar por nós. Depois de resolvido o problema, "curti" muito a descida em ZZZZZ pla encosta abaixo com um piso muito técnico.

Na passagem por Vilarinho, cruzámo-nos com uns cavaleiros. Foi curioso, porque no 1º passeio já me tinha cruzado com cavaleiros. Suponho que a área seja quase tão rica em cavaleiros como em betetistas. Tenho de experimentar qualquer dia montar a cavalo, mas tem tem ser um com uma suspensão de 120mm pelo menos, equipemento XTR completo e travões de disco! . No final, o passeio ainda ficou marcado pela queda do meu amigo que já tinha partida a corrente. Segurando o guiador com apenas uma mão para apertar o casaco devido à chuva "molha tolos" que entretanto começara a cair, acabou por desequilibrar-se e dar um pequeno tombo mas que o deixou bem marcado no cotovelo e braço. De certeza que isso lhe vai servir de recordação para a próxima!

O ficheiro de altimetria do percurso com cerca de 21 km.

O percurso no mapa.

De referir que a organização esteve muito bem, o percurso estava muito bem marcado e estavam presente elementos da organização em quase todos os cruzamentos. Só fiquei com uma dúvida: aquando da inscrição fiquei com a ideia de que havia os pequenos brindes habituais nesses passeios. Não recebi nada, não sei se houve ou não. Quanto aos banhos, nada posso dizer também porque não fiquei nem para o banho nem para o almoço. De salientar ainda a excelente iniciativa do mesmo grupo que organizou uma actividade de pedestrianismo em paralelo ao passeio de BTT para acompanhantes e para quem estivesse interessado.

Continuem com o bom trabalho grupo Sempreapedalar.

Fotos em passeiobttcesar.no.sapo.pt/

Vídeos em sempreapedalar.no.sapo.pt/videos2passeiocesar.htm

Boas pedaladas

Daraopedal

Freita - Cando - Minas da Chãs

03.05.08 | daraopedal
Não satisfeito com a coça valente que levei na sexta, dois dias depois aceitei um desafio proposto por um amigo betetista para ir pedalar para a Freita. A ideia era partir com farnel para andar por lá o dia todo. Nem sei bem o que me passou pela cabeça, mas aceitei! como já dizia o António Variações: "Quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga!"
Não havia propriamente um percurso definido, mas estava combinada juntar alguns betetistas para nos acompanhar, alguns iam ficar o dia todo, outros apenas de manhã.
O ponto de encontro foi no Parque de Campismo da Freita. A partir daí seguimos para a Srª da Laje, para apanhar aquilo que eu chamo de "caminho da meia encosta", e fomos até aos Viveiros da Granja. A partir daí subimos (penosamente) até ao planalto, junto à central do parque eólico. Logo aqui, alguns dos elementos do grupo (para quem aquele passeio se estava a revelar um verdadeiro sofrimento) foram embora. Seguimos a aventura em direcção a Cabreiros e cortámos no caminho de acesso ao cimo do Coto de Boi (que descida!), onde fomos admirar a vista fantástica sobre o vale de Arouca e Moldes.
Para não ter de regressar pelo mesmo caminho e apanhar um subida de 15%, decidimos fazer corta-mato em direcção à aldeia do Cando.

Péssima ideia! Apanhámos tojo quase pela cintura que nos deixaram as pernas arranhadas e em sangue!

Mas valeu pela aventura e pelo novo "caminho", que nos levou...

... junto desta pequena linha de água onde aproveitámos para lavar as nossas feridas e repousar um pouco num retemperador pic-nic.

Mas ala que se faz tarde e ainda queríamos chegar às Minas das Chãs.

Passámos pela aldeia do Cando, tentando arranjar água para encher os "depósitos", mas todas as fontes indicavam água imprópria para consumo. Apesar de um velhinho local nos ter afirmado, num testemunho quase incompreensível pela falta de muitos dentes, que tinha bebido dessa água toda a vida e continuava a beber, preferimos não arriscar e seguimos caminho até Cabreiros, onde, aí sim, reabastecemos de água.
A partir de Cabreiros a subida foi longa e dura até chegar ao alto do monte onde se encontram as Minas abandonadas das Chãs.

Refira-se que esta zona já pertence ao concelho de S. Pedro do Sul e que ainda nos faltava muito trilho até chegar aos carros. Aproveitámos para descansar um pouco e regressámos pelo mesmo caminho (desta vez a descer) até Cabreiros. Fomos por Tebilhão em direcção ao cruzamento de Cabreiros e seguimos para o planalto, onde, junto ao cruzamento para o Cando, virámos à esquerda em direcção à zona do Vidoeiro.
chegámos junto à casa abandonada da Guarda florestal e fomos (involuntariamente )estragar a tarde a um casalinho que estava lá num carro, mas já faltavam as forças e tivemos mesmo de parar por lá para comer algo mais. Refira-se que a tarte de amêndoa da D. Armanda fez furor e era ver o pessoal a lamber os dedos de contentes! Veio mesmo na hora "H". Em seguida foi seguir pelo PR15 em direcção ao Junqueiro, depois Albergaria-da-serra e regresso ao Parque de campismo. Uma voltinha bem durinha com muita subida (como podem ver pelo esquema de altimetria) muita pedra, mas que deu um gozo imenso.

O referido esquema de altimetria.

O mapa do percurso.
Boas pedaladas
Daraopedal