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NarturRia - Passear pela Murtosa

21.10.11 | daraopedal

A Murtosa é bem conhecida entre a malta das bicicleta, por ser talvez o local do país onde a ciclocultura está mais implementada. As condições geográfica naturais fazem com não haja praticamente nenhum relevo na zona. Como tal, o uso da bicicleta é extremamente cómodo e todos acabam por usar a pequena rainha no seu dia-a-dia: desde os alunos que se deslocam para a escola até ao presidente da câmara, que a usa nas suas idas para os paços municipais.

Já desejava há muito conhecer os percursos cicláveis definidos pela câmara local, conhecido como a NaturRia. No site oficial, podem encontrar a referência a vários percursos assinalados com cores diferentes e que seguem ao longo da Ria de Aveiro.

Pela observação do mapa, facilmente se vê que é possível percorrê-los todos, mantendo sempre a vista para a ria. Foi esse o meu objetivo.

Comecei junto à ponte da Varela, que serve de travessia para o lado de lado da Ria, para a Torreira.

Existem uma estruturas de apoio (passadiços de madeira) e foi por aí que iniciei o percurso.

A ponte da Varela com a vista para o lado de lá da Ria.

Aqui apareceu a primeira sinalética do percurso NaturRia, com referências no mapa e informações úteis.

Logo ao lado, existe uma das várias zonas de descanso, onde facilmente nos podemos "perder" observando a paisagem.

Existem também vários painéis com sinalética sobre a fauna e a flora local, para quem quiser aprender um pouco mais.

O percurso segue pela direita...

... sempre com a ria ao lado.

Junto a uma das várias comportas que serve para controlar os canais de drenagem da ria.

O percurso é inicialmente por asfalto, o que torna o percurso bem fácil. A única contrariedade é mesmo o vento, que frequentemente se faz sentir na zona. Nesse dia, não era exceção.

A Torreira do outro lado.

Mais um painel sobre a fauna, que dificilmente se vê durante o dia.

Cheguei então a uma zona onde se via este lamaçal negro devido à maré baixa. Talvez fossem viveiros de bivalves.

Mais uma perspetiva, com o cais da Bestida em destaque.

A chegada ao cais da Bestida.

Esta é a pequena construção existente no local, que parece ter sido recuperada há pouco tempo, mas que apresenta já sinais evidentes de abandono (vidros partidos, etc.). Pelo que percebi, deve ter funcionado recentemente como bar. Antigamente, deveria provavelmente ser uma estrutura de apoio à travessia da ria.

Um pescador a tentar a sua sorte.

Num pequeno café ao lado, foi possível ver estes belos azulejos alusivos às vivências do povo da ria.

O barco típico da zona - o moliceiro - aparece sempre em destaque.

Aqui comecei a ver as primeiras bicicletas dos habitantes locais.

É evidente que são usadas todos os dias.

Também é óbvio que a manutenção do material não é uma grande preocupação das pessoas. Nunca tinha visto uma corrente tão enferrujada!

Mais um painel, desta vez sobre o peixes que se podem encontrar na ria.

Uma foto mais "artística"

A vista para o pequeno porto de abrigo do cais da Bestida.

O moliceiro na apanha do moliço?

O dia estava fantástico e não fosse o vento incomodar um pouco, estaria perfeito.

Mais um painel informativo sobre os répteis.

Esta foto parece uma montagem, mas não é! No entanto, a senhora não ganhou a capacidade de caminhar em cima da água.

Era vê-la a trabalhar, provavelmente na apanha de bivalves, enquanto outros se divertiam.

Existe ali ao lado uma escola de desportos aquáticos, daí a concentração de kytes.

Outro painel sobre as aves...

e outro sobre os insetos e bivalves

O caminho segue então por entre uma zona de campos (na altura com milho) num caminho em calçada.

Até que alcancei o agradável parque do cais da ribeira de Pardelhas.

Uma visão do cais.

Depois de contornar o esteiro, o percurso segue em direção à ria e após dobrar o centro equestre, o piso passa a ser em terra.

Uma visão estranha... E lá ao fundo, o farol da barra.

Mais um prova de que aqui a bicicleta é rainha e pratica-se em família. Uma mãe que estava com os filhos no areal tinha vindo a pedalar com os filhos. Uma das crianças pedalava e a outra vinha no carrinho. Poluição = zero!

Moliceiro na maré baixa.

Adoro observar as proas dos moliceiros, com pintura cheias de malícia, que revelam o espírito popular.

Junto do monumento ao moliceiro.

Cais do Bico.

Aqui já se veem umas infiltradas: umas bicicletas elétricas.

Mais uma perspetiva desta agradável zona com vista privilegiada para a ria.

Com a maré baixa, algumas zonas ficam menos agradáveis à vista e ao olfato.

As diferentes cores usadas nestes armazéns junto ao cais formam uma paleta agradável à vista, talvez inspiradas nas usadas nas casas da Costa Nova. A partir daqui, o percurso deixou-me dúvidas sobre por onde seguir.

Acabei por manter-me sempre junto à ria.

Cheguei a mais um pequeno porto de abrigo, onde as gaivotas proporcionaram umas fotos engraçadas.

Sempre com a ria ao lado, segui por uma zona onde a requalificação do percurso ainda não chegou...

... e onde a erosão vai fazendo das suas.

Chegado ao cais da Ribeira Nova, apesar de ainda haver um caminho ao longo da ria, o seu estado parecia indicar que o mesmo não tinha uso e junto a uma pequena casa, com uma parede toda de vidro virada para a ria. Os fins de tarde ou as noites estreladas naquela sala devem ser espetaculares.

Depois acabei por atravessar a vila da Murtosa (não há photos), até apanhar a ciclovia da EN 109-5...

... que me levou até ao ponto de partida.

A ponte da Varela tem de cada lado uma ciclovia para travessia em segurança e é possível seguir para sul em direção à Murtosa e S. Jacinto ou para norte, em direção a Ovar.

Para quem quiser experimentar, deixo aqui o link para o track GPS, que podem encontrar no widget lateral do Wikiloc.

Boas pedaladas

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