Porto by bike
Vídeo muito bom. Vale a pena ver.
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Vídeo muito bom. Vale a pena ver.
Já não participava numa prova organizada há bastante tempo. Fartei-me um bocado das confusões, dos atropelos, do lixo e das fitas que ficam para trás. Nunca foi a minha praia andar a ver quem anda mais ou quem anda menos, quem tem a melhor bike, a melhor suspensão, etc.
Ando de bicicleta porque gosto. Ponto final!
No entanto, acabei por participar nesta porque estou a precisar de treinar, porque era na santa terrinha e porque voltava à Freita. O facto de ser um percurso guiado, sem fitas, com uso exclusivo do GPS agradou-me muito. Não há confusões na partida, basta chegar, levantar o dorsal e fazer-se à vida (como quem diz aos trilhos). Não há aquela debandada do rebanho, em que vamos todos ao molho, com engarrafamentos nas primeiras subidas e nos primeiros single-tracks. Maravilha! Cheguei, levantei o dorsal e ainda perguntei: "É só isto? Posso seguir?".
Quando recebi o tracks GPS na véspera, vi que não ia ser pêra doce. Conheço bem a zona e sabia que o pior nem ia ser a subida à Freita, mas sim a subida à Srª da Mó desde Ponte de Telhe. Essa é uma zona por onde desço muitas vezes e sabia que subir aquilo depois de ter o acumulado da Freita ia ser bem penoso. Assim foi! A subida à Freita foi tranquila e difícil q.b. Verifiquei que o meu novo pneu de trás não tem praticamente nenhuma tração com piso molhado e tive de fazer algumas zona (como a zona de lajes depois de Stª Maria do Monte e a calçada da Ameixieira) com a bicicleta à mão. A parede que tivemos de subir depois do depósito de água foi penosa, mas divertida. "Anda lá! Deste 3000€ e agora andas a empurrá-la" foi a boca mais engraçada que ouvi entre colegas que iam subindo a custo. Ou "Não havia necessidade!" como dizia outro. No planalto, o percurso percorreu alguns pontos emblemáticos como o miradouro da Frecha da Mizarela e a aldeia de Albergaria da Serra, com a sua praia fluvial. Ainda deu para ver algumas quedas por ali. Depois de brindados com algumas laranjas e água, antes da descida do Cando, enfiámo-nos no percurso do PR3 de Moldes, com o caminho em muito mau estado. Chegado a Fuste, começou a longa descida até Ponte de Telhe. Soube bem, mas sabia que ia ter de subir muito. E assim foi. O rio Paivô estava com uma cor espetacular e assim que o perdi de vista, começou o tormento da subida à Srª da Mó. Foi longo, penoso e quase doloroso. As forças já eram poucas, mas lá fui subindo. Assim que comecei a ver a capela, já podia calcular o que ainda faltava. Depois da capela, sabia que era sempre a descer. Sei que eram cerca de 15h quando cheguei ao final da prova de 45km, que acabou por ser de 48km, depois de ter partido por volta das 9h da manhã. Foi bem durinho, mas foi um bom treino para os objetivos de 2013.
Ficam algumas fotos.
Ponto de partida e distribuição dos dorsais.
A specialized limpinha antes dos trilhos.
Em Lourosa de Matos.
A Freita. Ainda teria de subir aquilo tudo.
Já no alto, com vista para a zona da foto anterior.
Ainda se viam pequenos pontinhos da malta que vinha atrás.
O nevoeiro e o frio apareceu depois da subida.
Chegada à estrada antes do parque de campismo.
Uma outra malta que por ali andava.
Paragem na Frecha da Mizarela.
O Caima fluía com impetuosidade.
A pequena ribeira que desce da Castanheira também se destacava.
Ponto de reabastecimento na paragem de autocarro acima do Cando.
A partir daqui, foi sempre a descer até Ponte de Telhe.
Ao longe, o Montemuro aparecia coberto de branco.
Já bem suja com a lama.
A vista perto de Pedrógão.
O rio Paivô e a ponte centenária de Ponte de Telhe.
E a partir daqui acabaram as fotos.
Boas pedaladas
daraopedal