Subida à Sra da Mó - Arouca
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Finalmente, a última etapa.
Os sentimentos em todas as últimas etapas destas viagens de bicicleta são sempre antagónicas: por um lado a satisfação de ter cumprido o objetivo e ter alcançado o destino ; por outro, a tristeza porque a aventura está a terminar e em breve voltaremos à rotina do dia-a-dia.
Mas voltemos à ultima etapa. A maior parte deste trajeto fez-se por estrada, embora com incursões em caminhos rurais, com direito a "perseguição" a uma manada de vacas. Perseguição "a", não perseguição "de"... felizmente.
Apesar de Badajoz ser o objetivo da etapa, o dia também ficou marcado pela passagem por Elvas. A cidade património mundial da humanidade desde 2012 possui a maior fortificação abaluartada terrestre do mundo. A chegada feita pelo percurso do seu aqueduto é impressionante e valeu umas boas fotos junto ao mesmo. A música já dizia: Ó Elvas, ó Elvas... Badajoz à vista. Por isso o destino já estava próximo. A travessia de Elvas foi muito rápida, e mal demos por ela já estávamos na ciclovia a sair da cidade. A passagem da fronteira foi uma desilusão, não só pela confusão dos acessos secundários (todos os caminhos levam para a autoestrada...), mas também pelo ar decadente das construções de controlo fronteiriço junto à nacional, que já não parecem ter qualquer função a não ser parecerem velhas, sujas e abandonadas.
Felizmente do lado espanhol encontrámos uma enorme ciclovia que nos levou em segurança até à entrada da cidade. A chegada a Badajoz fez-se pela travessia do rio Guadiana pela enorme ponte Real e em seguida junto à margem do Guadiana.
Ao início da etapa, depois de sairmos de Vila Fernando, o primeiro destino do dia aparecia a 18 km.
O encontro com a manada do dia. Primeiro, estavam do lado de lá da cerca...
... o problema foi quando ficamos todos no mesmo caminho. Com cautela, lá fomos seguindo a manada, até seguirmos em segurança por caminhos separados.
Ainda tivemos um momento tenso com alguns cães a rodear uma propriedade agrícola, mas felizmente nada se passou.
A paisagem marcada por rolos de palha plastificados.
Papoilas na paisagem.
Passagem por cima da autoestrada A6.
Na chegada a Elvas, o trajeto acompanha os arcos do aqueduto. As papoilas continuam por todo o lado.
Passagem por baixo de um dos arcos.
Elvas património da humanidade, com o aqueduto agora do lado contrário.
A chegada à zona mais imponente do aqueduto da Amoreira.
Ficamos mesmo pequeninos junto ao aqueduto.
A preciosa e o aqueduto.
Passagem pelo centro de Elvas.
Sobe e desce em Elvas.
Saída pela porta de São Vicente.
Vista para as fortificações depois de passar a porta.
Voltamos a encontrar a linha de comboio...
e a autoestrada.
Rotunda alusiva à distinção da cidade como património da humanidade.
Encontramos o final de uma ciclovia...
... e logo voltamos aos campos.
Passagem da fronteira e do rio Caya.
Seguindo para Badajoz.
Encontramos logo ali uma ciclovia que nos levou em segurança até Badajoz.
Chegada a Badajoz junto à ponte real.
Missão cumprida, destino alcançado.
Vista da imponente ponte.
Circulando pelas margens do rio Guadiana.
O rio Guadiana e a vista para a ponte velha.
Total do dia: quase 44 km feitos de manhã.
Catedral de San Juan Bautista.
Plaza Alta
Palácio de los Duques de Feria, atual Museu arqueológico de Badajoz.
E assim se concluiu mais uma aventura de bicicleta, em que as etapas reais foram as seguintes:
1 - Montijo - Pegões - 59 km - 3h13
2 - Pegões - Mora - 104,5 km - 6h
3 - Mora - Avis - 49 km - 2h44
4 - Avis - Vila Fernando - 91 km - 5h03
5 - Vila Fernando - Badajoz - 44 km - 2h33
Total: 347.5 km em 19h33
A 4ª etapa: mais mais uma etapa com dose extra. Tínhamos idealizado uma etapa apenas entre Avis e Estremoz, mas o andamento estava tão bom que fizemos mais um extra depois da paragem de almoço. Após repor as forças em Estremoz e já com 52 km feitos de manhã, decidimos esticar até uma localidade mais adiante, que acabou por ser Vila Fernando. O dia terminou então com quase 91 km no total. Tínhamos esta facilidade de mudar as etapas consoante o nosso andamento e forma graças ao carro de apoio. Foi mais um dia onde ficamos deslumbrados com a beleza do jardim natural em que se transforma o Alentejo na primavera. Na localidade de Ervedal, fizemos um pequenos desvio para conhecer a ponte local, que parece uma irmã gémea da ponte 25 de abril em ponto pequeno.
Os trilhos estavam com alguma lama da chuva que caiu durante a noite.
Paisagens que poderiam servir de inspiração para os maiores pintores impressionistas da história.
Um enorme rebanho no meio do montado alentejano.
Passagem pelo centro da localidade de Ervedal.
Fizemos um pequeno desvio para conhecer a ponte de Ervedal, que parece uma réplica em miniatura da ponte 25 de abril em Lisboa.
O tabuleiro permite apenas a passagem de um carro.
O piso é de metal e o chão permite ver a água por baixo.
A cegonha a observar com curiosidade quem ia passando.
Voltamos a atravessar o Ervedal para seguir caminho.
E voltamos aos trilhos de terra.
Travessia dos passadiços metálicos que impedem a passagem do gado. Passamos em duas zonas onde o gado andava à solta e tivemos muito respeito e cautela ao passar por animais imponentes de centenas de quilos.
Entrada no concelho de Sousel.
Na chegada a Sousel, a passagem debaixo da linha de comboio desativada.
Portal imponente à saída de Sousel. A passagem foi muito rápida e nem parámos para conhecer a localidade, pois implicaria arrefecer e dificuldades acrescidas para retomar o caminho.
Grande par de cornos.
A beleza do Alentejo.
Deitada nas flores.
Campos cobertos de rolos de palha.
Uma curiosa paragem de autocarro que abriga caixas de correio.
Mais um local lindíssimo.
No antigo ramal de ligação até Estremoz.
Junto ao ramal.
A entrada em Estremoz faz-se por uma ciclovia que devia coincidir com o traçado da antiga linha de comboio.
Chegada à antiga estação de caminhos de ferro.
Na praça do Rossio de Estremoz.
Lago do Gadanho - Estremoz
Cerca de 52 km até ao almoço.
Depois de repor energias, continuamos caminho saindo de Estremoz por uma das portas da muralha.
Junto a um portão de uma propriedade alentejana, encontramos este desenho pouco comum. De certeza que quem mora ali gosta de bicicletas.
Paisagem com vinhas.
O trilho quase desaparece no meio da vegetação.
Estradões bem rolantes.
Entrada no concelho de Monforte.
Depois da localidade de Santo Aleixo, segue-se pela EN 372.
Chegada a Vila Fernando, o final da etapa.
Uma curiosidade que encontramos em Vila Fernando.
No final da etapa, chegamos quase aos 91 km nesse dia.
Tempo a pedalar.
Clica na imagem para a última etapa.