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Linha do Corgo - Régua - Vila Real - Régua

03.09.12 | daraopedal

Tinham-me falado há uns meses que a antiga linha que ligava a Régua a Vila Real, a chamada linha do Corgo, tinha sido desativada. No entanto, persistia as dúvidas se os carris e o cascalho tinha sido removidos de forma a poder pedalar pela linha. Recentemente, verifiquei pelo blog dos colegas ecobike, que era possível circular em toda a sua extensão. Decidi então combinar uma voltinha, partindo do Porto (Campanhã) no comboio regional da linha do Douro até à Régua.

O transporte das bicicletas é permitido nos comboios regionais como é o caso deste, pelo que facilmente se chegou à Régua para iniciar esta aventura. Quanto a mim, esta prática devia ser alargada a todos os tipos de comboios da CP.

As bicicletas junto à estação da Régua.

Abandonando o centro urbano, seguimos por estrada no sentido inverso ao correr do rio Douro, para alcançar a zona da foz do rio Corgo, onde começa/termina o traçado da linha. Aqui a vista para o viaduto da A24.

Acabámos por descer à linha do Douro, onde o comboio circula. Ao vermos a placa proibindo circular pela linha, hesitamos, mas depois de falarmos com uns funcionários da Refer que ali estavam a trabalhar, continuamos. É importante referir que a falta de conhecimento do terreno é que me levou a este erro, só depois é que percebemos que dava para seguir por estrada até encontrar o traçado da linha.

A foz do rio Corgo, no rio Douro.

Chegámos então à zona do Posto de Manutenção de comboios da Régua.

E logo encontramos a linha do Corgo, junto ao edifício da estação.

Os carris e as traves foram retirados e o terreno está próprio à prática de BTT.

Aspeto do início do trilho pela linha.

A vista para o rio Corgo e para a ponte que daria acesso por estrada a este trajeto.

Cruzamento em que a linha atravessava a estrada.

A vista para mais um viaduto da A24.

A sinalética, à semelhança de outros percursos abandonados pelo comboio, é a única coisa que resta do tempo em que a linha era usada.

Chegada à estação de Tanha.

Logo a seguir encontramos a primeira "animação" do percurso: a travessia de um antigo viaduto metálico. A travessia faz-se facilmente pelo passadiço lateral

A imponência dos viadutos da A24.

Mais uma perspectiva da travessia.

A ponte, em aparente bom estado, data de 1905.

A paisagem duriense, com o rio Corgo no fundo do vale e a estrada para Santa Marta de Penaguião, lá no alto.

Os betetistas de serviço: daraopedal e surikata!

As vinhas e o rio.

A paisagem é espetacular!

Estação de Alvações.

Passagem entre paredes altas, rasgadas para a passagem do comboio.

As vinhas e as oliveiras.

O rio sempre presente.

Chegada a mais uma povoação antigamente servidas pela linha.

E não é que essa povoação se chama mesmo Povoação!?!?! :-)

Começámos a vislumbrar ao longo uma imponente construção, desafiando o vale do Corgo.

Aqui começou o calvário dos furos: o meu colegas furou o pneu tubeless, fazendo um corte no próprio pneu. Colocámos uma câmara de ar e prosseguimos até Vila Real.

Uma antiga estação com as entradas tapadas, mas pintadas de modo a parecerem janelas e portas normais.

A linha é quase interrompida e é necessário passar por fora.

Estação de Carrazedo.

O antigo depósito de água para as locomotivas a vapor.

Chegámos a uma zona onde o percurso faz um "U" perfeito. Conta quem viajou nesta linha, que o comboio era tão lento, que era possível saltar fora, atravessar o vale e apanhá-lo do outro lado.

Em cima da ponte.

Paisagem património da humanidade, há que recordá-lo!

Estação de Cruzeiro.

Pouco a pouco, o viaduto ia ficando mais definido.

Uma obra de engenharia impressionante, que mutila de forma eterna a beleza da paisagem.

As nuvens formando-se sobre o Marão.

Passagem debaixo do enorme viaduto.

À entrada de Vila Real, a pista transforma-se num single-track, tal é a vegetação por ali.

Vila Real à vista.

Ainda tivemos de passar uma última ponte.

Eis um excelente exemplo do aproveitamento do património ferroviário, transformando-o num estabelecimento de restauração com bastante pinta.

Chegada à estação de Vila Real.

Vista a partir da estação.

Vila Real, não há que enganar.

O nosso almoço, num restaurante nas imediações da estação. Excelente aspeto, sabor a condizer.

Continuámos até ao centro da cidade atravessando uma das principais pontes de cidade.

Paragem junto ao miradouro da Sé de Vila Real.

Depois foi tempo de regressar pelo mesmo caminho, com a vantagem de ser sempre a descer. Ainda houve tempo para mais um furo do meu colega (mais uma vez!) exatamente no local do corte anterior. Tentámos colocar um remendo no interior do pneu para evitar novo furo até ao final do percurso. O dia acabou com uma correria para apanhar o comboio das 17:14, depois do tempo perdido com os furos. Percorremos um pouco mais de 50 km, já que o trilho da Régua até Vila Real tem aproximadamente 26 km, que foram percorridos nos dois sentidos.

Um belo percurso para quem quer desfrutar da bela paisagem vinhateira!

Boas pedaladas

daraopedal

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